Abrir os olhos e fechar o coração ou Fechar os olhos e abrir o coração?

É tanta coisa na cabeça, que as palavras mal me saem de tão acumuladas e enroladas que estão. Tanta coisa que deveria ou devo dizer, mas que não disse e já nem vou mais, já nem volto mais, porque talvez quem tivesse que voltar é você, porque eu continuo aqui, no mesmo lugar que voce me deixou, um pouco mais despenteada e com um pouco mais de olheiras. E isso meu caro, foi inevitável.
Eu preciso conhecer o novo e esquecer o velho, mas quem disse que voce permite? É como se voce estivesse me segurando forte, sem saber. Eu insisto, mas não consigo. Talvez porque não me esforço o suficiente, por pensar que ainda existe uma esperança bem no fundo, que faz o coração palpitar, as mãos ficarem mais frias e os olhos mais brilhantes. A razão grita que voce nao volta, já a emoção, coitada.. esta dividida, tão frágil e vulnerável que ainda acredita que pode haver uma segunda chance. Mas será? Quem é mais forte, a razão fria ou a emoção que é tola e pode acreditar em todas as 'promessas' novamente?
Na minha opinião, nesse caso a razão é mais forte, deveria ser a mais forte, tem que ser a mais forte, mesmo querendo, com todas forças, seguir a emoção e quebrar a cara denovo.
"Porque o que nao dura, serve de experiência". Ah, quanta dureza numa frase.
Nesse momento, te abraço e te olho nos olhos... Não de corpo presente. Você já sentiu? Você pode sentir?
Ontem você segurou minha mão enquanto me via desabar em lágrimas, você pôde ouvir? você pôde sentir?
É tudo tão forte, que as vezes, penso que você realmente poderia sentir.
Semana passada pensei em você, ontem pensei em você, hoje não foi diferente.
 Mas será que amanhã vai ser?

“Tem dias que a gente se sente,
Como quem partiu ou morreu.”
— Chico Buarque.

O que é melhor: Tempo que volta ou Tempo que passa?

Ainda ontem estava pensando em como seria, se ainda estivéssemos juntos. Se como diz Tati Bernardi, você não tivesse acabado com o amor, que ainda nao tinha acabado. Não acabou.
Ainda ontem estava pensando nas coisas que voce 'prometia'. Mas quando a gente ama, a gente promete e não esquece. E você esqueceu. Queria poder te ligar e perguntar, como foi mesmo que voce fez isso? Ou não fez, porque temos dificuldade de esquecer o que foi importante pra nós e será que eu fui pra você? Me pergunto milhares de vezes. Me pergunto também se voce sente falta de tudo aquilo que passamos juntos, de todos aqueles dias, que pra mim mais pareciam anos, mas que na verdade não passaram de semanas.
Queria não ter me entregado tanto a uma pessoa que nem quis receber. Sinto tanto, sinto muito, te sinto, sinto sua falta. Mas o que será que resolve tudo isso? O tempo? Os amigos? As distrações? As noitadas? O quê?
Não foi a primeira tristeza e com certeza não será a ultima, mas essa não se compara as outras; como voce, me comparava as outras.
Talvez nem seja o melhor pra mim, ou seja, não sei, quem sabe?
É como se eu precisasse muito, mas, não quisesse mais. Talvez, quisesse as vezes, nas vezes que conseguia esquecer como foram os momentos ruins, como foi quando eu mais precisei de você, e voce não estava. Quando voce saia com seus amigos e me deixava em casa sem ao menos uma mensagem, uma ligação. Quando voce me chamava pra sair e na ultima hora desistia, quando saíamos juntos e eu procurava desesperadamente a sua mão pra se entrelaçar com a minha. Ah, como isso doía. Ainda doí.
Que mania é essa que todo ser humano tem de querer amar e por alguma desgraça não ser amado de volta?
Como dizia Renato Russo: Quem inventou o amor?
Mas é isso, o amor é isso, amar e não ser amado, é sofrer, é sorrir, é desabar, é cantar, é pra ser eterno ou pelo menos deveria.
Se porventura você voltasse, é, não sei como seria se voce voltasse, deve ser porque já tenho a certeza que você não volta, essa é a unica certeza que tenho e a unica que não queria ter, não agora.
Depois disso, as lagrimas caem sem real esforço, caem por si só, caem porque estavam guardadas já a um tempão, esperando nao sei pelo o que, talvez por você.
Vou avisa-las que voce nao vem.